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A Lira dos Vinte Anos - Álvares de Azevedo ( 1831-1852) Podemos encontrar a obra de Álvares de Azevedo inserida no segundo momento da poesia romântica no Brasil; portanto, no ultra-romantismo, conhecido também como byronismo.
E embora o poeta morresse extremamente jovem, aos vinte anos, pode ser soberanamente considerado como o mais importante escritor de sua época. Toda sua obra foi publicada postumamente ( A Lira dos Vinte anos( 1853), Noite na Taverna, contos ( 1855) e Macário, teatro ( 1855)).
A Lira dos Vinte Anos compõe-se do que há de melhor na produção de Álvares de Azevedo. Estruturalmente divide- se em três partes ; mas do ponto de vista temático, em apenas duas. Por quê? A primeira e terceira partes têm temas assemelhados: a morte, a família, os temas da adolescência, o sonho, a religiosidade, a forma feminina como obsessão; a segunda parte, no entanto, traz o irônico, o "satânico", a mulher, ainda que em sonho, aproximada do erótico, carnal.
Composta por 33 poemas, inicia-ae por um prefácio que tem epíteto sugestivo de Bocage: "Cantando a vida, como o cisne a morte." "São os primeiros cantos de um pobre poeta. Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço.
Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou, - como isso, dou a lume essas harmonias.
São as páginas despedaçadas de um livro não lido. (.)" A primeira parte da Lira contém poemas cuja temática é intimista: dores do coração, medo da morte, a mulher que ora se mostra, ora se esconde, a família, o sonho e a fantasia que se misturam principalmente através do jogo metafórico na erotização da mulher. Há nessa parte o aparecimento de símbolos que deixam entrever a sexualidade E o céu em teu suspiro de ventura! (.) (fragmento) E as doces ilusões de minha vida! (frag) E não sentiu-lhe a mão cheirosa e branca Das perfumadas flores. (.) Que me resta, meu Deus?! Aos meus suspiros Que eu sentia velar nas noites minhas.
A segunda parte da Lira dos Vinte Anos é composta por 14 poemas e não se identifica tematicamente com a primeira e a terceira. Inicia-se também por um prefácio: "Cuidado, leitor, ao voltar esta página! Aqui dissipa-se o mundo visionário e platônico. Vamos entrar num mundo novo, terra fantástica, verdadeira ilha Baratária de D. Quixote, onde Sancho é rei; (.) Quase que depois de Ariel esbarramos em Caliban.
A razão é simples. É que a unidade deste livro funda-se numa binomia. Duas almas que moram nas cavernas de um cérebro pouco mais ou menos de poeta escreveram este livro, verdadeira medalha de duas faces (.) " A primeira pergunta que nos ocorre é: quem são Ariel e Caliban, marcas nas quais o poeta se escora, indicando mudanças? São personagens da peça A Tempestade, de Shakespeare. Ariel representa o Equilíbrio, o Bem, a Harmonia, a face clara e afável dos seres, enquanto que Caliban simboliza o Mal, o lado escuro dos seres, a Dito isso, está claro que o Álvares de Azevedo quer fazer ressaltar algo: na Parte II estão contidos os poemas irônicos, as paródias, um suposto "satanismo" somente encontrado em Noite na Taverna.
Como a frouxa fumaça de um charuto.
Como a leve fumaça de um charuto. (frag.) Entre os hinos de amor se enternecia.
Que noiva!. E devo então dormir com ela? Dêem-me as caldeiras do terceiro inferno! (frag.) Mas cantou nesse instante uma coruja.
Se achou-a assim mais bela, - eu mais te adoro A Laura, a Beatriz que o céu revela.
Minhas roupas tafues encheu de lama.
Com pernas para o ar, sobre a calçada.
Circunstância agravante. A calça inglesa Trinta poemas formam a terceira parte do livro, formado, ao todo, de 77 composições poéticas. Nenhum prefácio, nenhuma indicação de abertura; mas sabemos que , tematicamente, encontraremos a mesma intenção da Parte I: devaneios adolescentes, amor inacessível, erotização metaforizada, família, os temas da morte e do sofrimento, o poeta tão jovem. e o mesmo intimismo, o tom inquieto e confessional: O anjo que por te ver do céu deserta.
Que teu mimoso pé no baile encerra.
Que não conta os mistérios de teu leito; Ser a cruz com que dormes sobre o peito.
Do baile as roupas de escomilha e flores! De um coração que dorme, inda inocente.
Como um olhar que a morte envolve em luto.

Source: http://estacaodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/2013/10/A-lira-dos-vinte-anos-Alvares-de-Azevedo.pdf

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